Neste sábado (26/4) de luto e esperança, a Arquidiocese de Uberaba uniu-se ao mundo em uma corrente de oração pela despedida do Papa Francisco, cujo sepultamento ocorreu esta manhã na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. Sob a luz suave do altar da Catedral Metropolitana, muitos fiéis se reuniram ao clero, às 16h, para uma missa solene em sufrágio do pontífice, que foi presidida pelo Arcebispo Dom Paulo Mendes Peixoto, em um momento que transcendeu fronteiras e tocou almas. 4o3p63
Em homilia comovente, Dom Paulo lembrou que “a misericórdia do Senhor é eterna, está além da compreensão. Somos filhos redimidos por Cristo na Ressurreição”. Com voz embargada, destacou que a mensagem de Francisco, marcada pelo amor aos pobres e pelo diálogo, ecoa como “um chamado à plenitude da vida”. “Sua voz não se cala. Continua em cada gesto de acolhida, em cada mão estendida aos excluídos”, afirmou, conectando a dor da despedida à promessa da fé.
A celebração em Uberaba harmonizou-se com a comoção global. Pela manhã, em Roma, mais de 250 mil pessoas, incluindo líderes mundiais, se despediram do Papa que revolucionou a Igreja com simplicidade e coragem. A tarde, na Catedral Metropolitana, flores brancas adornaram o altar, um símbolo da pureza de um legado que desafiou indiferenças e ergueu pontes. Os fiéis entre cânticos e orações, demonstravam sua gratidão ao Papa Francisco por seu compromisso com a Igreja e o povo de Deus, em especial com os mais vulneráveis.
Dom Paulo enfatizou que “a misericórdia, palavra sempre presente no pontificado de Francisco, não é teoria, mas ação que transforma”. Convidou os presentes a honrarem o Papa vivendo “a justiça que liberta, o abraço que inclui”. Ao final, um silêncio sagrado tomou o templo, quebrado apenas pelo canto do coral e a melodia que o acompanhava, para lembrar que, em Cristo, a morte não é fim, mas agem.
Enquanto o sol se punha sobre Uberaba, a comunidade, após a bênção final, partiu em missão: carregar no coração o exemplo de Francisco, o pontífice que, como recordou o Monsenhor Célio Pereira Lima, era um “pastor que caminhava entre as ovelhas feridas e cuidava de seu sofrimento”. A mensagem de Dom Paulo para seu rebanho foi clara: a despedida terrestre não apaga a luz que Francisco acendeu — permanece em cada ato de amor, até que, na eternidade, todos se reencontrem na casa do Pai.
Jorn. François Ramos – Assessoria de Imprensa/Arquidiocese de Uberaba