O Salão do Santuário Basílica Nossa Senhora da Abadia, em Uberaba, foi palco de um evento de profunda significância no último domingo (17): o Jubileu dos Migrantes. Esta celebração histórica, organizada pela Pastoral do Migrante em parceria com a Coordenação de Pastoral da Arquidiocese, transcendeu fronteiras geográficas e culturais, reunindo fiéis de diversas nacionalidades em um potente gesto de acolhida e fraternidade. A atmosfera era de partilha e união, onde cada olhar e cada sorriso refletiam a esperança de um recomeço. 735112
A presença de Dom Paulo Mendes Peixoto, Arcebispo Metropolitano de Uberaba, e sua atenção a cada detalhe reforçaram a importância do momento. Em sua fala, o presbítero enfatizou a solidariedade aos migrantes, destacando-a como um verdadeiro sinal de esperança: “Acolhê-los é um sinal de esperança, pois muitos deixam sua terra, sua cultura e seus costumes em busca de um recomeço”, afirmou, tocando os corações dos presentes. A celebração ganhou vida com a participação vibrante de haitianos, colombianos, peruanos e venezuelanos, que compartilharam suas realidades, histórias e ricas tradições, criando um mosaico cultural de fé e resiliência.
O Padre Saulo Emílio, assessor da Pastoral do Migrante e Vigário Geral da Arquidiocese de Uberaba, elucidou o contexto do evento. Ele explicou que, no cenário do Jubileu de 2025, este foi um evento religioso específico e profundamente relevante, dedicado a celebrar a rica experiência de migrantes, refugiados e deslocados: “Este Ano Santo, convocado pela Santa Sé, ganha novas cores e significados com iniciativas como esta, que reafirmam a missão acolhedora da Igreja”, frisou.
Um dos ápices da celebração, que gerou grande emoção, foi a execução dos hinos nacionais de cada país representado, culminando com o Hino Nacional Brasileiro. Este momento simbólico ressaltou a união entre as nações, demonstrando que, apesar das diferentes origens, todos estavam ali conectados por um propósito maior. Padre Saulo Emílio, com entusiasmo, sublinhou a riqueza do encontro: “Foi uma oportunidade única para conhecer diferentes culturas e acolher a todos como missionários da esperança”, evidenciando o papel transformador da fé.
Ao final, Dom Paulo reforçou que o Jubileu celebrado no Salão do Santuário Basílica Nossa Senhora da Abadia transcendeu o mero evento religioso. Ele solidificou o papel da Igreja como um espaço integrador, onde as diversas histórias de migração se convertem em poderosos testemunhos de fé, resistência e superação. Os participantes deixaram o local revigorados, carregando a certeza de que, independentemente de sua origem, são parte integrante de uma mesma e única família em Cristo, unida pela esperança e pela acolhida mútua.
Jorn. François Ramos – Assessoria de Imprensa/Arquidiocese de Uberaba
Fotos: Pastoral do Migrante